A escolha é do freguês: dá para pedalar ou usar como patinete o novo modelo que começa a circular no segundo semestre nas ruas da cidade francesa. Batizado de Pibal, ele foi desenhado com a contribuição dos próprios moradores, que deram seus pitacos por meio de uma enquete eletrônica. Entre os pedidos atendidos estão pedais que não danificam os sapatos, cores fosforescentes para aumentar a segurança à noite e trava antirroubo.
O veículo projetado pelo designer foi adaptado pela Peugeot. “O desafio foi produzir uma nova solução de mobilidade que mistura dois usos”, diz Sandrine Bouvier, responsável pelo marketing da marca. O modelo, adequado para um lugar plano como Bordeaux, tem iluminação integrada, câmbio automático de duas velocidades, amortecedores e ajuste de selim e guidão. Rodas, pneus e paralamas possuem fita reflexiva amarela.
O custo para levar um para casa é zero. O Pibal vai fazer parte do Vélo Ville de Bordeaux, o sistema de empréstimos da prefeitura. Dá para ficar com ela por períodos de uma semana a quatro meses, com possibilidade de duas renovações ao longo de um ano. Thiago Benicchio, diretor da Ciclocidade, a Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo, não vê tantas vantagens no empréstimo por longos prazos, porque ele reduz o número de bikes disponíveis. “A bicicleta compartilhada traz mais benefícios”, defende.
Com população de 300 mil habitantes, Bordeaux viu o número de ciclistas triplicar nos últimos 15 anos, graças a iniciativas do poder público como o controle do tráfego de automóveis e a criação de uma linha de bicicletas elétricas. Hoje, mais de 10% dos deslocamentos são feitos em cima de uma magrela.
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